quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Banco de imagens

Digitalizações são uma realidade e uma necessidade cada vez mais presente no dia a dia de instituições que querem preservar seus acervos fotográficos.

Google Imagens
Nesse sentido o meio digital é uma alternativa muito bem vinda. Mas com alguns poréns. É preciso ter softwares adequados, servidores seguros e um constante cuidado com os arquivos, já que arquivos digitais são, por enquanto, mais perecíveis que arquivos em papel ou em fitas magnéticas.
Um exemplo de uma criação de um banco de dados para resgatar a memória coletiva de uma região através de imagens pode-se encontrar em O profissional de informação como mediador entre documento e o usuário: a experiência do acervo fotográfico da Fundação Joaquim Nabuco, de Rosi Cristina Silva, e também em Gerenciamento eletrônico de documentos: criação de um banco informações e imagens no arquivo permanente da Unicamp, de Cristina Barbieri. As autoras trazem suas experiências com a criação de bancos de imagens para instituições que possuem um rico acervo de imagens.


Além da questão da preservação da memória coletiva, são abordadas questões práticas  e técnicas sobre a digitalização, o armazenamento e tratamento de imagens, a necessidade de se encontrar um software adequado e equipamentos que tenham relativa segurança no que diz respeito a guarda de arquivos, bem como o papel do profissional da informação que estiver ligado a esses projetos, sua importância como mediador da informação.


Mas fora os bancos de imagens das Instituições, que provavelmente servirão apenas para pesquisas históricas e um resgate memorial, o que se vê muito é o crescimento dos bancos de dados na própria web, os bancos de imagens digitais ganham um espaço gigantesco no mercado virtual.  




PrintScreen da tela inicial dos sites: Corbis, Gettyimages e Jupiterimages
Seja para comércio, seja para facilitar o acesso à imagens dos mais variados tipos, os bancos de imagens têm uma utilidade incrível para quem navega na internet e busca imagens para ilustrar seus trabalhos, sites, blogs, ou apenas para se distrair apreciando imagens interessantes.


Quando comecei a utilizar a internet acessava muito o Corbis e o Gettyimages, e eles eram praticamente os únicos com maior divulgação. Hoje existem bancos de dados de boa qualidade produzidos aqui mesmo no Brasil, como o utilizado em alguns posts: http://www.stockbrazil.com.br.


É sempre importante ter em mente a importância de creditar o material utilizado e não se utilizar de uma iniciativa que visa o coletivo, para benefício próprio. Ninguém gostaria de ter seu trabalho reproduzido mas com autoria identificada para outra pessoa.

Para saber mais como respeitar direitos autorais na internet você pode dar uma lida em: http://www.creativecommons.org.br, ou acessando o vídeo Creative Commons
E além dos bancos de imagens de empresas, existem os bancos de imagens 2.0, como por exemplo, o Flick. Uma mistura de rede social com banco de imagens onde os usuários colocam suas imagens, dividem em albuns e esses albuns podem estar associados, compartilhados, e onde os usuários é que descrevem as imagens, diferente dos bancos de dados das empresas, ou das instituições onde a descrição das imagens tem um vocabulário mais controlado. Embora alguns bancos como o Corbis e o Gettyimage estejam modificando tambem esse quêsito nas palavras-chaves (ou TAGS), ainda assim eles mantem um certo controle no vocabulário, o que não se encontra nos albuns construídos colaborativamente.


Cada um dos meios tem seus pontos positivos e negativos, mas a tendência é que cada vez mais a web se torne "popular", no sentido de ter a cara do seu usuário, a partir do momento que é cada vez mais construída e reconstruída por ele próprio. Com o tempo, ou com a ajuda de profissionais, o "caos" informacional consequente desse tipo de organização adquira uma natureza mais seletiva, até mesmo para que as informações sejam encontradas. De nada adianta uma descriçao "livre", se ela não atinge a finalidade de facilitar o acesso aquela informação, no caso dos bancos de imagens 2.0, a imagem propriamente dita.

E falando em descrições livres e em imagens, no próximo post vou começar a falar sobre os vídeos na web e como recurso informacional. Até lá.


REFERÊNCIAS


BARBIERI, Cristina Correia Dias; INNARELLI, Humberto Celeste; MARTINS, Neire do Rossio. Gerenciamento eletrônico de documentos: criação de um banco de informações e imagens no Arquivo Permanente da UNICAMP. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS BIBLIOTECAS CENTROS DE DOCUMENTAÇÃO E MUSEUS,1.,2002. Textos... São Paulo: Imprensa Oficial, 2002. p.53-66.

SILVA, Rosi Cristina da. O profissional da informação como mediador entre o documento e o usuário: a experiência do acervo fotográfico da Fundação Joaquim Nabuco. Disponível em: http://moodleinstitucional.ufrgs.br/file.php/10743/AULA_4_Fotografia_tradicional_digital/Bibliotecario_foto.pdf. Acesso em: 30 abr 2010

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