quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Blogs, memória e outras funcionalidades


Para tratar sobre o primeiro tema proposto (blogs), farei  inicialmente um relato particular acerca dos blogs com as transformações que presenciei com o avanço da informática e onde as mídias digitais acabaram influenciando a minha vida.
Imagem: stockbrazil
A memória humana está sujeita ao esquecimento enquanto a memória das máquinas é ilimitada, dependendo de técnicas de armazenamento. (LUCAS, 1998, p. 94)
Com essa idéia, por um bom tempo as pessoas acharam que a informática, o CD e demais mídias fossem substituir o papel, as fitas e os discos, não viram assim o valor histórico de todos esses materiais e também a vulnerabilidade dos meios eletrônicos.

Há 12 anos atrás, sendo uma privilegiada entre meus amigos e colegas, eu já tinha um computador em casa com  acesso à internet. Marinheira de primeira viagem começava as minhas navegações nesse mar e com apenas 13 anos de idade, sozinha, descobria os serviços de e-mail, busca e bate-papo. Pedofilia na internet  e Google eram coisas que não se ouvia falar, e era muito difícil se encontrar material de pesquisa para os trabalhos do colégio, quem dirá trabalhos prontos. 

Assim eu começava a sofrer influência das novas tecnologias da época. O vocabulário da sociedade  iniciava suas modificações e todos íam se adaptando com termos novos da informática no seu cotidiano assim  as pessoas passaram a “[...]arquivar ou deletar algum dado na nossa mente, escanear na memória procurando algo esquecido, gravar uma informação com segurança redobrada, ou clicar no ponto certo e abrir um inesperado link hipertextual[...]”( SIBILIA, 2005, p.39)

Logo fiquei viciada na internet e a conta do telefone aumentou consideravelmente. Varava a madrugada nos chats (mIRC, ICQ). Descobri uma nova forma de amizade, a virtual, além de dar início a uma grande biblioteca com letras de música.

Foi nessa época, procurando as letras de músicas, que eu me dei conta de que todo o conhecimento do mundo estaria disponível para eu acessar e, ao contrário do que eu achava, as informações não iriam sumir e sim se proliferar. Fazia vários testes e jogava qualquer palavra, qualquer assunto nos sites de busca e observava a imensidão que esse novo mundo tinha. Tudo isso aconteceu entre meus 13 e 18 anos e essa ligação com a Internet só aumentou.  

REFERÊNCIAS 

LUCAS, Clarinda Rodrigues. Os senhores da memória e o esquecimento. Transinformação, v. 10, n.1, p. 87–96, jan/abril, 1998.

SIBILIA, Paula. A vida como relato na era do fast-forward e do real time: algumas reflexões sobre o fenômeno dos blogs. Em Questão, Porto Alegre, v.11, 2005, p.35- 51. Disponível em: http://seer.ufrgs.br/index.php/EmQuestao/article/view/110/68. Acesso em: 25 ago. 2010.

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