domingo, 12 de dezembro de 2010

Derradeiro

Chegando ao final do semestre, mais um semestre, mais uma experiência, dessa vez falar sobre ferramentas que estão ocupando um espaço cada vez maior no cotidiano de cada um.
Pensar um futuro dessas transformações implica pensar novas relações entre as pessoas na sociedade, entre elas e elas com o seu meio. Não podemos superestimar a tecnologia e vê-la como um fim em si mesma e nem nos deixarmos sucumbir a ela, transformando-nos em seres máquinas, como se pensou que o homem viria a ser com a revolução industrial. No entanto, não podemos ignorar o quanto elas (as tecnologias) influenciam num novo modelo de sociedade.
Os modos de comunicação e as relações entre as pessoas estão se transformando, paradigmas e meios tradicionais de transmissão, comunicação e produção da informação estão se quebrando.
Estar atento a essas modificações que ocorrem à nossa volta é indispensável para quem está em qualquer profissão, e ainda mais indispensável para quem irá trabalhar no olho do furacão, diretamente com a informação, seja na sua produção, na sua disseminação ou comunicação.

Falamos (eu e as turmas da BIB03228 - Informação em Mídias Digitais) muitas coisas sobre as mídias, suas formas, seus benefícios, suas utilidades e mais uma gama de faces que elas podem ter. Certamente não foi o suficiente: para cada post que escrevemos neste blog existem diversos estudos, artigos, livros e uma infinidade de trabalhos se aprofundando nessas questões e em cada um dos posts elaborados pelos alunos temos apenas um breve ponto de vista de cada um.

Encerro as postagens do semestre com um vídeo que assisti tempos atrás e achei muito interessante. Talvez muitos já tenham visto, mas a mensagem tem muito a ver com as questões levantadas aqui, principalmente no último post sobre a Convergência Cultural.

Mais interessante são as opiniões das pessoas nos comentários, algumas acham que as mídias só fortalecem o mercado capitalista, e por um lado é o que realmente se vê. O consumo sendo cada vez mais incentivado, por outro lado vemos os consumidores mostrando o que querem e, principalmente, o que não querem. Mas então, me lembrando do exemplo de Jenkins no seu livro Cultura da Convergência, sobre ter ido comprar um celular que apenas fizesse e recebesse chamadas e não o encontrou, caio numa questão: as pessoas não querem mais um celular de uma única função porque é uma necessidade sua, ou é uma necessidade que o mercado capitalista impôs, como todas as outras? 

As grandes empresas que não oferecem mais serviços que agradem os consumidores estão sendo sem piedade deixadas de lado, os consumidores são categóricos. Mas o que veio primeiro, o ovo ou a galinha? Essa é uma transformação imposta ou conquistada? Como bem afirmou Jenkins, a convergência é tanto de cima para baixo, quanto de baixo para cima, a hegemonia das grandes empresas permanece também nas redes, mas agora o consumidor é ativo, não mais passivo, e esse consumidor está enfrentando as grandes midias de frente. Essa é a grande diferença do processo. É esse fator, esse enfrentamento, essas batalhas (termo usado por Jenkins) que farão o rumo das coisas ser diferente. Vamos participar ativamente no processo para ver o resultado.


Convergência das mídias?

Fazer um review sobre o que aconteceu nos últimos 10 anos em se tratando de internet me parece ser algo muito familiar. Vi o nascimento dos blogs, participando desde os pioneiros neste mercado, vi o crescimento dos motores de busca e sua transformação, as redes sociais se desenvolvendo dia após dia de uma maneira assustadora, tudo isso aconteceu muito rápido mas parece que a geração dos anos 90 nem notou.

Se para a maioria das pessoas acima de 40 anos a possibilidade de ver e falar com alguém que está do outro lado do país é ainda um mistério, essa (re)evolução nos meios de comunicação foi assimilada de uma forma que não alterou abruptamente a rotina das outras pessoas.

Quem hoje em dia sabe responder como vivia e como se comunicava antes do uso do celular? Com os negócios eram feitos? Como o conhecimento chegava e era comunicado sem as redes? Parece que esse mundo sem redes está muito distante, mas ele está bem próximo, a noção de tempo de todos nós foi alterada em função dessa percepção tempo x espaço que a internet proporciona.

Não há como prever, como uma meteorologia, o que será do mundo amanhã. Os estudos apontam tendências e mesmo assim parece haver uma cortina de fumaça sobre as coisas e o modo como elas serão.

A Cultura da Convergência, que Jenkins (2008) se refere, é  ainda um terreno misterioso,mas o seu cerne é a modificação que vai além de um suporte. A exemplo da Biblioteconomia, que vem sofrendo intensas modificações e passando pelo momento de ruptura das suas "verdades", a quebra de seus paradigmas tão consolidados, a sociedade, ou melhor, a comunicação em sociedade, a maneira tradicional de se produzir, disseminar e consumir informação está nesse processo de ruptura com antigos paradigmas. Isso vai muito além do suporte, vai além de um aparelho, de uma tecnologia. Por isso a cultura da convergência. As mídias irão convergir, irão se transformar.

Estamos passando por esse período de transição, que poderá ser longo, do ponto de vista da percepção alterada sobre a qual já falei. Parece que convivemos com o celular desde que nascemos (e para os que nasceram depois de 1995 isso é até possível), o fato é que não nascemos. Não nascemos com um Ipod, nem com celular, nem com orkut, facebook ou twitter em nossas vidas, mas tudo isso foi tão incorporado na cultura que não vimos o tempo passar, e não veremos.

Me pergunto se haverá algum momento de constância, de estabilização das novas formas, e se sim, oque virá depois. Talvez não esteja aqui para ver, mas o certo é que a internet e as novas mídias estão modificando profundamente como as relações em sociedade se dão, estão modificando inclusive o tipo de aprendizagem que os jovens tem e isso terá forte impacto. 

O processo não linear de leitura e aprendizado que o hiperlink trouxe para o dia-a-dia se exteriorizou e foi incorporado a todas as atividades das pessoas, não somente ao ato de navegar em um site. Hoje os jovens estão lendo um texto, ouvindo música, conversando com os amigos, tudo ao mesmo tempo, e não necessariamente que todas essas ações sejam realizadas somente no meio virtual, pelo contrário, as práticas que eles têm na internet se constituem como as práticas na vida real, fora da frente da tela. Isso acontece porque sequer é necessária a presença de um computador para isso: os telefones multimídias se ocupam dessas tarefas de uma forma mais prática.

Nesse contexto a produção e a construção colaborativa de conhecimento tem um papel único. A propriedade intelectual passa por uma crise jamais vista, talvez só comparada com a invenção dos tipos móveis por Gutenberg, que possibilitaram a difusão dos escritos antes propriedades sagradas da Igreja. Hoje parece haver uma modificação nos modos de produção intrínsecos ao capitalismo e as redes colaborativas vêm de encontro com esses valores individuais. A (des)construção da propriedade intelectual parece ser, além de inevitável, necessária. 

Ver mais sobre propriedade intelectual em: MACHADO, JORGE. Desconstruindo “Propriedade Intelectual”. Observatorio (OBS*), v.2, n.1, 2008. Disponível em: www.obs.obercom.pt/index.php/obs/article/download/92/139
Através da mediação tecnológica, uma grande quantidade de pessoas, dispersas geograficamente, e mesmo que nunca tenham antes interagido, pode trabalhar em um projeto comum de grandes dimensões e de relevante impacto social. Parte dessas pessoas pode ter como único interesse colaborar com a coletividade, sem fazer questão de assinar suas contribuições. (PRIMO, 2008, p. 65)
Como destacaria Adorno:
O malestar na cultura, entretanto, tem seu lado social - que Freud não desconhecia,· mas não examinou concretamente. Pode-se falar de uma claustrofobia da humanidade no mundo administrado, uma sensação de clausura em um contexto mais e mais socializado, densamente estruturado. Quanto mais apertada a rede, mais quer-se sair dela, muito embora sua própria estreiteza o impeça. (ADORNO, 1974)
Ao que parece, essa ambiguidade da sociedade moderna/pós-moderna tem frutos bons e ruins, os laços que se criam através das redes, são ainda uma reação aos meios que sufocam, uma reação a esse mundo administrado que provoca essa sensação de clausura. Adorno exemplifica o modo como as pessoas podem reagir a esses fatores com a bárbarie, abordando o Nazismo, mas existem outras formas mais produtivas e mais humanas de tentar fugir dessa rede que sufoca, e a desconstrução dos meios capitalistas através da internet é um desses meios.
Produzir informação e conhecimento passa a ser, portanto, a condição para transformar a atual ordem social. Produzir de forma  descentralizada e de maneira não-formatada ou preconcebida. Produzir e ocupar os espaços, todos os espaços, através das redes. (PRETTO; ASSIS, 2008, p. 78)
Há quem faça pregações para a destruição de tudo que existe, como existe na forma atual. Ouvimos o anúncio do fim do livro, o anúncio do fim da televisão, do rádio e de todas as coisas como as conhecemos agora, mas é importante destacar que, como também coloca Jekinks (2008), por enquanto a Cultura da Convergência está no patamar do acesso, e o acesso ainda é restrito. 
Contudo, devo reconhecer que nem todos os consumidores têm acesso às habilidades e recursos necessários para que sejam participantes plenos das práticas culturais que descrevo. Cada vez mais, a exclusão digital está causando preocupações a respeito da lacuna participativa. [...]muitas das atividades que este livro descreverá dependem de maior acesso às tecnologias, maior familiaridade com os novos tipos de interação social que elas permitem e um domínio mais pleno das habilidades conceituais que os consumidores desenvolveram em resposta à convergência das mídias. Enquanto o foco permanecer no acesso, a reforma permanecerá concentrada nas tecnologias; [...] (JENKINS, 2008, p. 49)

A exclusão digital é muito forte e os que detém a produção do conhecimento são os mesmos de sempre, a mesma classe de sempre: [...]são, de maneira desproporcional, brncas, do sexo masculino, de classe média e com nível de escolaridade superior. São pessoas que têm o maior acesso às novs tecnologias midiáticas e dominaram as habilidades necessárias para participar plenamente das novas culturas do conhecimento. (JENKINS, 2008, p.50). Jenkins se refere aos Estados Unidos, mas essa é uma realidade  também aqui no Brasil.  Isso pode ir se modificando aos poucos com ações que têm início nas bordas do processo. Mas essa transformação, se efetivada com abrangência da maiorias, levará ainda muito tempo. Por isso:  "[...] o prazer de ler jornal na mesa do café da manhã e comer pipoca em uma sala escura diante de uma grande tela, ainda estará sendo vivenciado por muitos anos. (PRIMO, p. 66)"

Caso contrário, veremos sempre a hegemonia predominando as relações de produção, disseminação e consumo da informação. Quando o acesso for mais democrático, o patamar será da participação e aí sim, a Cultura da Convergência, processo que já foi iniciado, atingirá outra esfera e uma nova era será vista. Mas a transformação talvez não seja sentida tão fortemente pelos que estarão sendo sujeitos ao mesmo tempo produtores e consumidores dessa nova sociedade.

REFERÊNCIAS
ADORNO, Theodor. W. Educação após Auschwitz, In: _______. Stichworte; kritische Modelle 2. Frankfurt: Suhrkamp, 1974. Trad. por Aldo Onesti. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/7009533/Theodor-Adorno-EducaCAo-ApOs-Auschwitz. Acesso em: 05 dez. 2010.
 
JENKINS, Henry. Cutura da convergência. São Paulo: Aleph, 2008. Disponível em: http://moodleinstitucional.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=133745. Acesso em 05 dez. 2010.

PRETTO, Nelson de Luca; ASSIS, Alessandra. Cultura digital e educação: redes já!. In: PRETTO, Nelson De Luca; SILVEIRA, Sérgio Amadeu da. (Org.). Além das redes de colaboração: internet, diversidade cultural e tecnologias do poder. Salvador: EDUFBA, 2008. Disponível em: http://www.repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ufba/211/1/Alem%20das%20redes%20de%20colaboracao.pdf. Acesso em 05 dez. 2010.
 
PRIMO, Alex. Fases do desenvolvimento tecnológico e suas implicações nas formas de ser
conhecer, comunicar e produzir em sociedade.
In: PRETTO, Nelson De Luca; SILVEIRA, Sérgio Amadeu da. (Org.). Além das redes de colaboração: internet, diversidade cultural e tecnologias do poder. Salvador: EDUFBA, 2008. Disponível em: http://www.repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ufba/211/1/Alem%20das%20redes%20de%20colaboracao.pdf. Acesso em 05 dez. 2010.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Em clima de redes sociais, comunidades, estou postando algumas notícias que tenham relação a essa temática e a temática do blog no geral. 

Pesquisa Mundi: Criador da Web critica redes sociais e grandes emp...: "Tim Berners-Lee teme que modelo que prioriza tráfego de sites pode prejudicar a liberdade de expressão Em um artigo publicado na revista S..."

Em Cartaz: A rede social

Re(des)Social

Existe a necessidade de interação entre as pessoas, isso é fato: o homem é um ser social. 
Como coloquei nos primeiros posts, fazendo uma retrospectiva das minhas experiências com a internet, as redes sociais estão presentes desde o início. Aliás, como bem destaca Amaral (200?) as redes sociais estão presentes na nossa vida desde muito antes do Orkut. 

No meu tempo de jovem (saudosismo) a onda do momento era o mIRC, programa para bate-papos que trazia a estrutura dos chats Uol e Terra, mas possibilitando uma maior interação entre as pessoas, além da facilidade. Existiam salas por temáticas distintas, cidades, idades, o que hoje seriam as comunidades das redes sociais como conhecemos atualmente (Orkut, Facebook e outras).

A estrutura pode ter mudado, evoluído, o mIRC está no limbo juntamente com outros softwares de comunicação, mas o princípio de socialização permanece o mesmo. Na matéria exibida no fantástico o repórter está numa "reunião" que foi combinada pela internet, mas isso não é novo. 
O que acontece é a disseminação dessas ferramentas que estão indo muito além de um simples uso como uma ferramenta. Hoje o orkut e o twitter parece ser o propósito de vida de muitas pessoas, o "fanatismo" existe e é perigoso. 

Já tive um grupo de amizades que se constituiu única e exclusivamente por conta da internet, e muito provavelmente se não fosse por ela jamais teria sequer pensado em conversar com algumas das pessoas que, até hoje, mantenho contato. Nesse sentido não há dúvidas, como a antropóloga fala na reportagem, que a internet ampliou a possibilidade de escolha e efetivação de amizades. 

Mas ficar 24 horas por dia na frente de um computador cultivando amizades virtuais não pode ser considerado uma coisa normal. Dos 13 aos 15 anos eu fiz isso, mas a partir dos 16 comecei a despertar para o "mundo real". Hoje não consigo olhar Twitter todos os dias, o que me faz ser totalmente inativa nessa "esfera social" onde pessoas colocam a cada segundo do seu dia informações totalmente dispensáveis, mas que elas têm necessidade de compartilhar. A quantidade de seguidores, ou de amigos no Orkut, para alguns é de uma importância assustadora. "...boa parte dos blogs existentes é ainda mais um 'olhar para o umbigo' do que muitos dos sites que povoam o Terravista ou o Geocities" (ROSA, 2008, p. 1410)

Rosa remete ao aspecto egocêntrico dos blogs, mas esse egocentrismo é fortemente identificado em todas essas ferramentas, seja Facebook, Orkut ou Twitter. Ao mesmo tempo em que solidificam laços de uma "comunidade", abrem os braços para a exposição individual dos membros através de fotos, opiniões e numa concorrência de popularidade tão fútil quanto as concorrências encontradas na vida real.

Mas sem querer me ater apenas nos detalhes críticos, as comunidades possibilitam uma troca de informação em proporções jamais esperadas ou imaginadas anteriormente. 
Atualmente faço parte de seis grupos de discussão e muitas vezes me sinto até sobrecarregada de informação, e o incrível é a interação num mundo "virtual", com pessoas que tem realidades bem diferentes da minha. Seja para um fim profissional, ou de lazer, são essas as características intrínsecas das redes e comunidades e é isso que faz delas o fenômeno que são hoje: descentralização, socialização, cooperação, compartilhamento de idéias, aprendizagem,
As redes sociais emergem nos ultimos anos como um padrão organizacional capaz de expressar, em seu arranjo de relações, as idéias políticas e econômicas inovadoras, nascids do desejo de resolver problemas atuais. São a manifestação cultural, a tradução em padrão organizacional, de uma nova forma de reconhecr, pensar e fazer política.[...]dão surgimento a novos valores, novos pensamentos, novas atitudes[...] (AMARAL, 2000?, não paginado)
Para alguns pode ser apenas uma modinha e por isso o frenesi é tão grande, pode ser que com o tempo os aficcionados reduzam seu tempo na frente do computador, ou saibam dosar mais a vida real dentro e fora do computador. Ainda que seja normal as relações migrarem para fora da tela e se integrarem, virem a fazer parte da vida real, é preciso não deixar a vida do lado de lá do monitor sobrepôr a do lado de cá.


Veja também: 


Redes sociais de Bibliotecários e Bibliotecas no Twitter
 
O pessoal do Bibliotecários sem Fronteiras faz um trabalho muito legal de divulgação da Biblioteconomia e há algum tempo trabalha em cima das mídias sociais, redes sociais e afins. Vale a pena conferir o Blog.  

REFERÊNCIAS

AMARAL, Vivianne. Redes: uma nova forma de atuar. Disponível em: http://moodleinstitucional.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=101665. Acesso em: 01 dez. 2010.

ROSA, Jorge Martins. Comunidade científica reloaded: o uso de ferramentas on-line e da Web social como auxiliares acadêmicos. In: MARTINS, Moisés de Lemos; PINTO, Manuel. (Orgs.). Comunicação e Cidadania. Braga: Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, 2008. Sessão 10, p. 1407-1425. Disponível em: <http://lasics.uminho.pt/ojs/index.php/5sopcom/article/viewFile/130/1260>. Acesso em 01 dez. 2010.

As megatendências que o Twitter traz para a sociedade

Considerações sobre o uso de novas ferramentas de comunicação.

As megatendências que o Twitter traz para a sociedade - by Carlos Nepomuceno

Pesquisa Mundi: USP reúne fotos em site

Pesquisa Mundi: USP reúne fotos em site: "Agência FAPESP – A Universidade de São Paulo (USP) acaba de lançar o site Imagens USP, que reúne e disponibiliza ao público imagens feitas ..."

Pesquisa Mundi: A internet é uma bagunça, afirma Pierre Lévy

Pesquisa Mundi: A internet é uma bagunça, afirma Pierre Lévy: "Lévy explica que o presente marcha rumo a um futuro paralelo (Foto: Davi Lira/Especial para o JC Online) Davi Lira Especial para o JC Onli..."

domingo, 21 de novembro de 2010

Prêmios de Comunicação, de Responsabilidade Social e de Inovação em Educação

O SINEPE/RS divulgou no dia 12/11 a lista dos vencedores dos prêmios, edição 2010. Os três primeiros colocados em cada premiação serão homenageados no aniversário do Sindicato, dia 1º de dezembro, na PUCRS em Porto Alegre.

Conheça os vencedores:  http://www.sinepe-rs.org.br/core.php?snippet=noticias_interna&id=11558

Visitas a alguns museus

Visitando os links indicados de alguns museus, vai aqui um breve comentário das impressões sobre cada um:

Museu da Pessoa: Brilhante. Simplesmente vivo. O site, se analisado como recurso, é tradicional comparado às ferramentas que vimos aqui, já que não se encaixa no termo "2.0", no entanto, a idéia do Museu é em si 2.0. O museu é feito por histórias de pessoas normais, que contam suas histórias. Destaco dentre os valores do Museu destaco o seguinte:  
No protagonismo histórico: todas as pessoas têm um papel como agente de transformação da História. Democratizar e ampliar a participação dos indivíduos na construção da memória social é atuar na percepção que os indivíduos e os grupos têm de si mesmos e de sua situação conseguir em nome de outrem.
Além da idéia ser uma iniciativa inovadora, o site como ferramenta é muito amigável, limpo, e a estrutura com uma organização de primeira. Vou virar assídua frequentadora embora tenha sentido falta dos Feeds. Traz informação e material, imagens, texto e também som.

MARGS - Museu de Arte do Rio Grande do Sul: o site apresenta muita informação sobre a instituição, notícias, e acesso às obras do acervo. É bastante funcional, atrativo e moderno, incluindo a possibilidade de inscrever email para receber notícias (Newsletter) e link para o Twitter. O único porém que ressalvo é a maneira de navegação, para mim o acesso aos menus poderia ser simplificado e agilizado além da resolução ser melhor explorada. Como se vê na imagem abaixo, o conteúdo fica bem estreito no centro da tela prejudicando a visualização.

Site do MARGS: atrativo mas os menus poderiam ser simplificados e mais agéis.
MASP - Museu de Arte de São Paulo: assim como o Margs, apresenta informações sobre o museu, e acesso ao acervo, incluindo acesso ao acervo da Biblioteca. Tem link para as redes sociais Twitter e Facebook, a navegação é relativamente fácil e a interface é amigável também.

Museus-Fórum:  blog da professora e pesquisadora Denise Eler, como ela mesmo escreveu "Dando prosseguimento a esta pesquisa, pretendo registrar neste blog manifestações de Museus-Fórum na web", o que me desanimou foi a professora ter realizado o registro a que se propôs apenas durante dois meses, provavelmente por ter se esgotado a questão de sua pesquisa naquele momento. Em todo caso está lá o registro em um blog, de sua pesquisa sobre as formas de presença online dos Museus. Naquele ano ela escreveu sobre os museus de ciências, afirmando que "Os museus brasileiros de forma geral estão ainda no início da espiral evolutiva das formas de presença online: têm aparência amadora, fazem uso exaustivo de texto e têm pouca presença online além de seus sites" (ELER, 2008, online). Dois anos depois pode-se ver um avanço ainda tímido por parte dos Museus em marcar mais sua presença no meio online, arriscando as redes sociais para além do site.

MUVA - Museu Virtual de Artes El País: site desenvolvido em linguagem Flash, que dá a interface de animação e de maior interação. Apresenta um acervo como se estivéssemos dentro de uma sala, imagens simulando a realidade de um ambiente, um museu virtual fazendo alusão a um museu físico. É uma maneira de fazer um site bem atrativo o único porém é o peso que ele tem. Para uma conexão menos favorecida é preciso uma paciência triplicada para ver cada obra. Um recurso interessante existente é a possibilidade de incluir as obras visitadas como que num favorito e se clicar em "comparación", visualizar as obras lado a lado, com uma indicação para escrever os próprios comentários e enviá-los para o email pessoal ou para o museu. Não entendi muito bem o propósito dessa ferramenta, mas parece ser interessante. No quêsito informação, achei meio complicado de encontrá-las.


Web Gallery of Art: o site mais desatualizado. Desatualizado no que diz respeito aos recursos utilizados. Ainda se parece muito com os primeiros sites que surgiram no contexto web 1.0 Uso excessivo de tabelas e texto sem uma formatação mais moderna. Uma coisa interessante é conservar, ainda, o registro de todos os comentários (ainda no antigo Guestbook) desde 2000, estar no ar tanto tempo e guardando todos os registros é uma exceção. De resto, é preciso mudar a cara do site, até porque ele se propõe a ser uma galeria de arte, um museu virtual, uma base de dados e uma coleção de imagens da Pintura e Escultura da Europa e, de acordo com a visão apresentada no próprio site, trabalharia com as técnicas eficientes do que existe de visual na internet. Para o ano 1996 (início do projeto) pode ser que fosse sim, atual, mas hoje esse modelo de site já não tem razão de ser. É preciso que se atualizem pois o conteúdo é de grande importância.

Virtual Museum of Iraq: assim como o MUVA, foi feito em Flash, e ainda precisa de plugin Quick Time, ou seja, não é muito fácil de qualquer um visualizar já que depende de softwares específicos e também uma boa conexão. No link overview, traz informações sobre a idéia da iniciativa. Não apresenta mais nenhum tipo de link, é a representação virtual do museu fisico do Iraque.
 
REFERÊNCIAS
 
 
ELER, Denise. Museus-Fórums. 2008. Disponível em: http://museuforum.blogspot.com. Acesso em: 21 nov. 2010. 

MARGS - Museu de Arte do Rio Grande do Sul. Disponível em: http://www.margs.rs.gov.br. Acesso em: 21 nov. 2010.

MASP - Museu de Arte de São Paulo. Disponível em: http://www.masp.art.br. Acesso em: 21 nov. 2010.

MUSEU da pessoa. Disponível em: http://www.museudapessoa.net. Acesso em: 21 nov. 2010.

MUVA - Museo Virtual de Artes El País. Disponível em: http://muva.elpais.com.uy. Acesso em: 21 nov. 2010.

VIRTUAL Museum of Iraq. Disponível em: http://www.virtualmuseumiraq.cnr.it. Acesso em: 21 nov. 2010.

WEB Gallery of Art. Disponível em: http://www.wga.hu. Acesso em: 21 nov. 2010.

Museus New Generation

Com todas as modificações vistas até aqui no meio digital um último tema ainda falta ser abordado: os museus. 

Os Museus são as instituições mais ligadas a uma tradição bem consolidade há séculos, e é desafiador pensar em uma modificação em seus conceitos, tão arraigados em todas as culturas.
No trecho de Galeano (2007), na imagem acima, vemos os indios com uma visão totalmente desapegada da conservação de uma peça para admiração e contemplação, para eles o conhecimento e a importância de uma obra-prima do velho oleiro, mais valem incorporados (literalmente) ao material que servirá de base para as próximas obras do novo oleiro que começa. A concepção de memória e a tradição para esses povos é totalmente oposta ao que vivemos em nossa sociedade, por um lado, felizmente. Não que sejamos exemplos do cuidado para com as gerações futuras, pelo contrário, talvez espatifemos no chão, como o novo oleiro fez com a peça, tantas outras coisas muito mais importantes e com valor igual ou superior. 
Fato é que os Museus têm um papel fundamental na conservação dos objetos que trazem em si a história da humanidade, seja na expressão que for. Eu disse objetos?

Loureiro ( 2004, p. 95) destaca o conceito oficial de Museu, definido pelo ICOM (International Council of Museums):
Um museu é uma instituição permanente, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento, aberta ao público, que adquire, conserva, pesquisa, comunica e exibe, para fins de estudo, educação e lazer, evidência material das pessoas e de seu meio ambiente.
O Houaisss Eletrônico (documento eletrônico) traz uma definição mais sucinta: "subs. masc.: instituição dedicada a buscar, conservar, estudar e expor objetos de interesse duradouro ou de valor artístico, histórico etc."

Até aqui nada a se questionar sobre o papel do Museu, certo? Errado. Se lermos com atenção os dois conceitos veremos que existe uma grande restrição física ao papel do Museu. Objetos, evidências materiais e afins pressupõem uma existência física, logo, está indo de encontro aos princípios que temos falado até aqui sobre novas mídias, não?

Ainda bem que os profissionais envolvidos nessa área se deram conta dessas modificações impossíveis de serem paradas ou refutadas e, em 2001, expandiram o conceito oficial: "'centros culturais e outras entidades voltadas à preservação, manutenção e gestão de bens
patrimoniais tangíveis e intangíveis (patrimônio vivo e atividade criadora digital)' foram oficialmente admitidas como membros da categoria 'museu'." (LOUREIRO, 2004, p. 94)

Bom, agora podemos falar sobre os Museus nesse novo contexto "digital". Mas quais foram as iniciativas que os Museus tiveram para seguir o fluxo das mídias digitais?

Primeiramente, seria inaceitável no final dos anos 90, alguma Insituição que não tivesse um site, assim a primeira atitude de qualquer instituição foi colocar em prática o projeto de um site, e com os Museus não seria diferente.

Alguns pensamentos precavidos - ou desconfiados e pessimistas - se preocuparam com a questão da substituição: o público se contenta com as visitas virtuais e não quer mais ir ao Museu físico. Mas é importante marcar o seu papel e não se oferecer por inteiro no meio digital, até porque uma imagem, uma reprodução no meio virtual jamais irá trazer consigo as características intrínsecas de uma obra de arte vista ao vivo.

Oliveira (2007) destaca que não há, por parte dos defensores da idéia do Museu na Web, a idéia de substituição do museu físico pelo virtual e sim é a importância de um trabalho em conjunto para beneficiar a informação e a comunicação. É o que chamam de museu sem muros (OLIVEIRA, 2007; CARVALHO, 2008). 

A premissa das mídias digitais é oferecer informação democratizada, a todos, o acesso universal. Hoje, pessoas que jamais poderiam ir à França, podem visualizar obras de arte importantes através do Louvre Virtual.


REFERÊNCIAS


CARVALHO, Rosane Maria Rocha de. Comunicação e informação de museus na internet e o visitante virtual. Revista Museologia e Patrimônio, v. 1, n. 1, Rio de Janeiro, 2008.

GALEANO, Eduardo. Palavras andantes. Porto Alegre: L&PM, 2007.


LOUREIRO, Maria Lúcia de Niemayer M. Webmuseus de arte: aparatos informacionais no ciberespaço. Ci. Inf., Brasília, v. 33, n. 2, p. 97-105, maio/ago. 2004.


OLIVEIRA, José Cláudio. O museu digital: uma metáfora do concreto ao digital. Comunicação e Sociedade, v. 12, São Paulo, 2007, pp. 147-161.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Jornais digitais brasileiros

E se alguém solicitar uma informação na Unidade de Informação que o bibliotecário está trabalhando?
Ele deve se restringir apenas ao acervo tradicional de livros?
Depois de tudo que já vimos até aqui  sobre as Mídias Digitais, e tendo consciência do papel do Bibliotecário, é claro que sabemos que ele precisa estar pronto para recorrer a todos os meios de informação que puder para apresentar uma informação variada, com diversos pontos de vista.

Caso alguém estivesse fazendo uma pesquisa sobre o Fumo, por exemplo, o bibliotecário poderia procurar além de livros,  revista, folhetos, folders de programas de saúde, tambem alguns vídeos na Internet, e porquê não as notícias que têm saído na mídia? É preciso saber como andam as polêmicas leis de combate ao fumo, no Brasil  e também no resto do mundo. Essa busca pode ser feita nos arquivos de jornais, caso a Biblioteca tenha, arquivos de recortes, para fazer uma retrospectiva histórica mas principalmente, para a atualidade, nos jornais digitais.

Ao procurar em jornais brasileiros online se poderia encontrar essa notícia, por exemplo:  Lei quer proibir consumo de cigarros nos pontos de ônibus de São José dos Campos, SP - O Globo

Na página da notícia podem ser analisados, além da informação em si, os comentários dos leitores que fortalecem ou contrapõem a notícia. Aliás, esse poderia ser objeto para uma pesquisa de Biblioteconomia, quais os temas mais comentados, como os usuários retornam a informação lida, como se dá a interação, os processos relacionados à informação, como um grupo de usuários busca e usa a informação dos jornais digitais, em comparação com impressos, como se dá a apropriação e a interação com a informação no meio digital, como a folksomia está presente nessa nova forma de comunicação, e tantas outras temáticas.

Os jornais podem contribuir de várias formas no trabalho do bibliotecário. Descubra quais as formas que você pode utilizar.


REFERÊNCIAS
O GLOBO. Lei quer proibir consumo de cigarros nos pontos de ônibus de São José dos Campos. Disponível em: http://oglobo.globo.com/cidades/sp/mat/2010/11/16/lei-quer-proibir-consumo-de-cigarros-nos-pontos-de-onibus-de-sao-jose-dos-campos-sp-923032269.asp. Acesso em: 16 nov. 2010.

Jornais digitais internacionais

Mas e se os jornais não forem mais impressos?

O primeiro aspecto que me vem na cabeça seria a economia de papel. Aliás, poderia se pensar que colocar qualquer material que seja para o meio virtual reduziria consideravelmente o consumo de papel, logo a derrubada de árvores ou a necessidade de se utilizar o meio ambiente de forma desenfreada com a produção de determinadas árvores. Mas porque em alguns momentos parece que isso na realidade não funciona?

Veja os números do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC):
De acordo com a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), a produção brasileira de celulose em 2002 foi de 8 milhões de toneladas, sendo que 30,4% desse volume foi exportado (principalmente para a Europa, Ásia e América do Norte. A produção de papel ficou em 7,7 milhões de toneladas, 13,4% para exportação. Na última década, o setor ampliou as exportações de US$ 1 bilhão em 1990 para US$ 2,1 bilhões em 2002, mais de 100%. E para exportar ainda mais, até 2012 pretende investir US$ 4,4 bilhões e dobrar a área reflorestada, de 1,4 milhões para 2,6 milhões de hectares (86% de crescimento). (IDEC, online)
Bom, supondo que o meio ambiente fosse beneficiado com a não-impressão de tantos jornais, qual seriam os pontos negavitos? Penso que a tendência a colocar a vida inteira numa máquina vi modificar o perfil da humanidade. Certamente não existirá mais o prazer de sentar em um padaria, na livraria, pedir um café e folhear as notícias matinais, ou no final da tarde. Pode parecer algo apenas "nostálgico" e há quem defenda que não cabe mais ter esse tipo de apego dentro de uma sociedade que está sim adquirindo outras características, a exemplo dos brinquedos antigos (peões e bonecas de pano) que hoje são apenas peça de museu no meio de crianças cada vez mais vidradas em telas de computadores. 

No entanto, é fato que esse contato exagerado com as tecnologias prejudicam a saúde do ser humano. Logo, as consequencias desse uso descontrolado de telas, será sentido nas próximas gerações.
Além do que, o contato com um aparelho acaba modificando todas as demais rotinas de uma pessoa, incluindo seus hábitos mais peculiares e "caseiros". 

Acho que é uma sociedade que talvez venha a se tornar mais fria e com relações mais superficiais, tal qual é a fugacidade do meio eletrônico. E falando em fugacidade, não podemos esquecer que o meio digital ainda está em fase de "teste" no que diz respeito à sua durabilidade e seu uso como preservação da memória. 

Não se sabe se esses equipamentos e midias irão suportar a ação do tempo conservando a historia da humanidade tal qual os papiros e pergaminhos da antiguidade. 
Esse é um dos riscos de quem quer acabar com os meios físicos e transformar o mundo todo numa realidade virtual. As tecnologias precisam coexistir com os antigos meios de forma que nenhum prejudique a existência do outro no que cabe sua funcionalidade mais importante. 

Por enquanto o que me parece é que os jornais digitais têm apenas a função de serem mais eficazes para disseminar uma informação, não para guardá-la. Os jornais internacionais, mais abrangentes, precisam investir e estudar como farão para lidar com esses impasses.

O profissional da informação precisa estar atendo a essas transformações da sociedade, afinal,  está inserido, enraizado diretamente com ela. 

Um exemplo dessas mudanças sociais, é uma notícia do ElPaís.com, que traz dois mendigos que resolveram pedir dinheiro para pagar seus vícios na rua, e inusitadamente, na internet. Eles fizeram até perfil do Facebook. Ligados nas mudanças, os dois mendigos são honestos e modernos. Porque o bibliotecário não pode ter essa consciência também? Promover seu trabalho, sua profissão, mostrar sua cara. 
Os jornais eletrônicos podem manter o profissional atualizado, o que é de extrema necessidade, colocá-lo mais próximo das ferramentas da web 2.0 com a agregação de twitter, redes sociais, wikis e outros; pode nortear para possíveis ações com relação ao que está acontecendo no mundo.




REFERÊNCIAS

IDEC. O lado escuro do papel. Disponível em: http://www.idec.org.br/rev_servicosambiente.asp. Acesso em 12 nov. 2010.

El País. Vagabundos, SA. Disponível em: http://www.elpais.com/articulo/madrid/Vagabundos/SA/elpepiespmad/20101117elpmad_8/Tes. Acesso em: 15 nov 2010.


Jornais digitais

No Guia do Jornalismo na Internet, André Manta, traz a afirmação de Roger F. Filder, ex-diretor do projeto da Knight-Ridder,de que em meados de 2005 os jornais digitais teriam substituído os jornais impressos. Talvez no final dos anos 90 a indicação realmente fosse essa, mas o que vemos é que essa previsão está demorando um pouquinho mais do que se esperava.
Estamos em 2010 e os jornais impressos ainda resistem, embora visivelmente perdendo suas forças dia após dia.
A pouco tempo o Brasil recebeu a notícia de que o Jornal do Brasil teria sua edição 100% online e para o MInistro de COmunicação Social, Franklin Martins, em alguns anos esse será o futuro de todos os jornais. Leia em: JB 100% digital.
Outro jornal que parece tomar o mesmo rumo é o único: New York Times. Leia em: New York Times anuncia final de edição impressa.

Assim como alguns preconizam o fim do livro, também o fim do jornal impresso é uma grande polêmica, e se as coisas seguirem com as mudanças tao rápidas quanto estão acontecendo, o jornal, como o conhecemos hoje, realmente sofrerá modificações drásticas. O livro ainda é mais perene, mas o jornal, as notícias, esse formato precisará de alterações muito significativas caso queira permanecer concorrendo com o jornal digital e isso parece bem difícil.

Hoje o usuário escolhe as notícias que quer ler, de onde quer ler e qual assunto. Assim tem-se o que identificamos pelos Feeds, uma nova ferramenta 2.0 que alterou completamente o ponto de vista jornalística da busca de informação.

Veja o que são Feeds:




REFERÊNCIAS

MANTA, André. Guia do Jornalismo na Internet. 1997. Disponivel em:  http://www.facom.ufba.br/pesq/cyber/manta/Guia/. Acesso em 12 nov. 2010.

Repositório cinematográfico


O Porta Curtas  também é um canal de extrema importância, onde estão reunidos diversos curta-metragens produzidos no Brasil. É  a valorização da produção cinematográfica do País, no ar há mais de cinco anos, consolidado como Portal de referência para os curtas.

Repositórios de vídeos

E se os vídeos são tantos e tão importantes, como utilizá-los, ou melhor como achá-los para poder fazer uso das informações nele contidas?
Vimos que os primeiros bancos de imagens surgiram como uma forma de publicidade e de venda de imagens para esse mercado consumidor e posteriormente foram difundidos os bancos de distribuição gratuita e também os repositórios 2.0, de compartilhamento. Não vemos essa realidade com os repositórios de videos que já vêm com o intuito de difusão, transmissão de conhecimentos, informações e compartilhamento.
Assim como pode existir um vídeo de interesse apenas pessoal, seleto de um grupo, nos repositórios pode estar, e está realmente, uma grande parte da memória coletiva de um grupo ou da própria humanidade.
O mais importante nessa ferramenta é a disponibilização de informação de uma maneira rápida e universal. 
Como se poderia acessar um trecho de algum filme russo, muito antigo, praticamente inexistente no Brasil, por exemplo?
Hoje com o advento dos repositórios isso é possível. Desde novelas, programas antigos, séries, filmes, entrevistas, shows, vídeoclips, vídeos produzidos por usuários, tudo, praticamente tudo está acessível no Youtube.
A inclusão e a indexação dos vídeos são feitas pelo próprio usuário e isso pode facilitar como também prejudicar que uma informação seja encontrada. Por experiência prática vejo que os pontos positivos superam os negativos no que diz respeito à indexação por folksonomia. 

Dallacosta et al.(2004) destacou que a tecnologia para vídeos no Brasil estava recém dando seus primeiros passos e ainda não era bem desenvolvida, mas salientou também a necessidade de uma indexação dos vídeos para que se pudesse encontrar determinado assunto para ser utilizado em aula, por exemplo. No artigo destacaram também a grande sacada dos repositórios de vídeos online, onde eles saíriam de videotecas e estariam acessíveis para muito mais pessoas atravé de uma disponibilização mais eficaz.
Hoje vemos que o Brasil está mais avançado, a velocidade da internet já não é tão inferior e o acesso à internet está cada vez mais popularizado (veja dados de acesso à internet pelos brasileiros ) assim o uso de repositórios de vídeos tende a crescer mais e mais. 

Alguns portais com conteúdos científicos:

 
Trecho do filme de Chaplin - O Grande Ditador. Memória cinematográfica em meio virtual. Qualquer pessoa pode ter acesso à obra de Chaplin.

REFERÊNCIAS

DALLLACOSTA, Adriana et al. O vídeo digital e a educação. In.: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO, 15., 2004, Amazonas. Disponível em: <http://www.br-ie.org/pub/index.php/sbie/article/view/343/329>. Acesso em: 11 out. 2010.

Seres audiovisuais

Para quem gosta e quer ver mais coisas interessantes sobre vídeo, imagem e som uma boa dica é o programa No estranho planeta dos seres audiovisuais, exibido no Canal Futura.
Televisão, computadores, celulares, salas de cinema, telões nas ruas. Consumimos e somos consumidos diariamente por toda a espécie de produtos audiovisuais.
De onde surgiu esta verdadeira mania dos seres humanos por imagens? No Estranho Planeta dos Seres Audiovisuais está em busca desta resposta.
A nova série do Futura investiga de forma bem-humorada a história da relação humana com as representações visuais, desde os homens da caverna e suas inscrições nas rochas, até o advento de tecnologias que tornaram possível assistir a filmes em pequenas telas de celular.


 

Veja também: primeira parte do debate sobre o mundo audiovisual no I Festival Internacional de Cinema de Paraty em 2008.





Aproveitando o post: um pouco de entretenimento mostrando toda a criatividade de alguns bibliotecários.